Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (em inglês: Nineteen Eighty-Four), muitas vezes publicado como 1984, é um romance distópico da autoria do escritor britânico George Orwell e publicado em 1949.[1][2] O romance é ambientado na “Pista de Pouso Número 1” (anteriormente conhecida como Grã-Bretanha), uma província do superestado da Oceania, em um mundo de guerra perpétua, vigilância governamental onipresente e manipulação pública e histórica. Os habitantes deste superestado são ditados por um regime político totalitário eufemisticamente chamado de “Socialismo Inglês”, encurtado para “Ingsoc” na novilíngua (também chamada de “novafala”), a linguagem inventada pelo governo. O superestado está sob o controle da elite privilegiada do Partido Interno, um partido e um governo que perseguem o individualismo e a liberdade de expressão como “crime de pensamento”, que é aplicado pela “Polícia do Pensamento”.[3]
A tirania é ostensivamente supervisionada pelo Grande Irmão, o líder do Partido que goza de um intenso culto de personalidade, mas que talvez sequer exista. O Partido “busca o poder por seu próprio bem. Não está interessado no bem dos outros, está interessado unicamente no poder”.[4] O protagonista da novela, Winston Smith, é membro do Partido Externo, que Trabalha para o Ministério da Verdade, que é responsável pela propaganda e pelo revisionismo histórico. Seu trabalho é reescrever artigos de jornais do passado, de modo que o registro histórico sempre apoie a ideologia do partido.[5] Grande parte do Ministério também destrói ativamente todos os documentos que não foram editados ou revisados; desta forma, não existe nenhuma prova de que o governo esteja mentindo. Smith é um trabalhador diligente e habilidoso, mas odeia secretamente o Partido e sonha com a rebelião contra o Grande Irmão. A heroína da novela, Júlia, é baseada na segunda esposa de Orwell, Sonia Orwell.[6][7]
Como ficção política literária e ficção científica distópica, Nineteen Eighty-Four é um romance clássico em conteúdo, trama e estilo. Muitos dos seus termos e conceitos, como Grande Irmão, duplipensar, crime de pensamento, novilíngua, buraco da memória, Quarto 101, teletela e 2 + 2 = 5, entraram em uso comum desde sua publicação em 1949. A obra popularizou o adjetivo orwelliano, que descreve o engano oficial, a vigilância secreta e a manipulação da história registrada por um Estado totalitário ou autoritário.[5] Em 2005, o romance foi escolhido pela revista Time como um dos 100 melhores romances da língua inglesa de 1923 a 2005.[8] Foi premiado com um lugar em ambas as listas da Modern Library de 100 melhores romances.[9] Em 2003, o livro foi listado no número 8 na pesquisa da “The Big Read” da BBC.[10]
Wikipédia
https://pt.wikipedia.org/wiki/1984_(livro)